segunda-feira, 28 de junho de 2010

Moda do Piercing


A necessidade da auto-afirmação sempre levou os jovens a quererem ser diferentes das pessoas da sociedade. Nos últimos anos, têm surgido inúmeras modas, um tanto esquisitas. Há algumas décadas atrás, estar na moda era usar um penteado ou uma roupa diferente, mas hoje isto já não basta. Agora a moda é ter ousadia. E um grande exemplo desta ousadia é o “piercing”.
O uso piercing, que significa perfuração em inglês, é um costume antigo em algumas civilizações. Há relatos de uso entre os egípcios, romanos e maias, tendo conotações espirituais, sexuais, estéticas e de rituais de passagem. No antigo Egito, o piercing no umbigo era sinal de realeza. Na Índia, o brinco no nariz tinha relação com a classe social da pessoa. Para os romanos, o piercing no mamilo significava virgindade e virilidade. Enfim, havia sempre um valor agregado ao uso do piercing, se bem que hoje é difícil dizer que alguém coloque um brinco no nariz pensando nos guerreiros de uma tribo asiática qualquer.
A moda do uso do piercing ganhou força com o movimento hippie dos anos 60 e 70 e posteriormente com os punks (na Inglaterra) e com os gays (nos EUA) dos anos 80 e 90. Apesar de seu aspecto retrô, o piercing que circula hoje nos grandes centros urbanos tem um aspecto muito mais pop e é apresentado como um dos símbolos do primitivismo moderno. A popularização do piercing se deu de fato nos anos 90 com o apoio de grandes estilistas ao bodyart em geral.
O que muito dos adeptos desta moda não sabem são as várias complicações decorrentes do uso do piercing. Dor e edema são complicações mais comuns, decorrentes do procedimento, que é feito sem anestesia, pois os aplicadores não possuem licença para a utilização de anestésico local e nem para prescrição médica pós-operatória. Fratura dental, trauma à mucosa, gengiva e palato (céu da boca) são comuns aos que usam o piercing lingual. O usuário tem o hábito de brincar com a jóia ou mesmo o simples ato da mastigação pode causar dano aos tecidos adjacentes. Doenças como hepatite, HIV e câncer entre outras é uma realidade, pois os locais onde são feitas as perfurações nem sempre apresentam condições mínimas de biossegurança (proteção contra vírus e bactérias), favorecendo a transmissão de doenças.
Neste momento o que era chamado de primitivo virou moderno, e é justamente por essa influência tão forte da moda nessa nova geração, que se questiona se o enfeite veio para ficar ou é apenas mais uma modinha. Algumas partes do corpo são muito perigosas para a colocação de piercings. Recentemente sete adolescentes americanos tiveram infecções graves depois de pôr piercings na cartilagem da orelha em um quiosque de shopping. A falta de higiene na hora de fazer o furo teve sua parcela de culpa, mas o local escolhido foi o maior vilão dos problemas enfrentados pelos adolescentes.

“Com exceção do lóbulo, a orelha é muito mal vascularizada, o que torna o organismo quase incapaz de reagir a uma infecção ou alergia”, explica Gilberto Sitchin, otorrinolaringologista do Hospital São Luiz, em São Paulo. Mesmo que se observem todos os cuidados de higiene e o material do piercing seja inerte (como aço cirúrgico, ouro ou platina), ainda assim existe perigo, segundo o especialista. Veja no quadro abaixo alguns dos riscos mais comuns que o piercing oferece para determinadas partes do corpo:
No alto da orelha
A baixa vascularização pode levar à deformação da cartilagem, exigindo cirurgia plástica reparadora
Nariz
A haste interna – em geral longa para facilitar o manuseio – pode machucar o septo nasal.
o risco de infecção é grande, pois o local é úmido e está constantemente em contato com a poluição
Umbigo
O corpo estranho pode provocar a formação de cistos, levando à necessidade de cirurgia.
O risco de infecção é muito grande. Como muitas pessoas se esquecem de enxugar bem a região, ela fica úmida e expostas a bactérias.
Língua
Há risco de desgaste da parte interna dos dentes da frente da arcada inferior e de perda óssea capaz de abalar a estrutura dental.
O local é quente e úmido, perfeito para a proliferação de bactérias

O que sabemos é que toda e qualquer prática que venha a trazer danos para o corpo é condenável. Nós como cristãos não devemos ter parte com essas práticas, pois o nosso corpo não nos pertence, ele é propriedade do Senhor, somos templo do Espírito Santo. “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus vosso corpo.” (I Cor 6, 19s).
Somos escravos do Senhor e nossa vontade deve estar sujeita ao nosso dono, portanto não temos a autoridade de usá-lo de forma diferente da considerada convencional. È rebelião contra Deus, a decisão de encher o corpo de piercings e tatuagens. Para ser jovem, não é necessário penduricalhos no corpo, desenhos de caveiras ou algo do tipo, ou roupas extravagantes. Ser jovem de verdade, é curtir cada momento com Deus, entregando-lhe a vida e vivendo-a por Ele.

Um comentário:

  1. Texto ridículo...
    Essa ideia de que Adornos e acessórios corporais são "modas" adolescentes, fúteis, na minha modesta Opinião, é coisa de gente ignorante... Foi-se o tempo, que essas praticas eram "restritas" a jovens, e hoje está presente em todas as faixas etárias.
    Muitas pessoas, em "prol da religião", não aderem a essas praticas, mas abusam dos seus corpos com comida (falta dela), bebida, álcool entre outras. É hipocrisia e demagogia, usar essa FALSA moral "religiosa", para julgar as pessoas com algo tão insignificante.

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